sábado, 5 de junho de 2010

Veneno

Palavras vagarosas e soletradas,
olhos de cor de drago e respiração cavada;
tens um olhar perdido e confuso como de quem não sabe nada;
com o teu andar deambulante e disperso.
Porquê hoje e aqui? Porque é que as pessoas estão a olhar para mim?
Vamos embora não te quero ver assim.
Não resistas, não te oponhas, é para o teu bem.
Please It doesnt have to be this way.
Não vês o que isto te faz? Não vês o que isso nos faz?
Não me negues, não me recuses.
Não finjas.
Não é justo a aflição que me causas,
não está certo a preocupação pela qual me fazes passar.
Fazes-me querer correr e fugir.
Fazes-me querer desistir e deixar de te amar.
Fui eu que te fiz depender do veneno que corroi a nossa relação?
Foi a minha indesejada presença neste mundo que te fez recorrer a um buraco sem fundo?
Fui eu que te parti o coração?

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